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quarta-feira, 25 de julho de 2012

A Troca (Changeling) - 2008; um filme brilhante


A Troca (Changeling), lançado em 2008.
Um filme de Clint Eastwood.

A troca
Eu tinha uma visão errada sobre Angelina Jolie, pensava que ela era somente um rosto bonito (e um corpo, que corpo!), incapaz de atuar em papéis mais complexos; que só servia para seus filmes de ação. 
Angelina Jolie nuaMas esse filme mudou minha opinião, ela estava bárbara, o papel principal, de Christine, foi brilhantemente interpretado por ela, tanto que lhe rendeu sua única indicação para o Oscar de melhor atriz principal.
Se não tivesse dado Kate Winslet (o que foi justo), teria dado ela.

A história é baseada em fatos reais, e o enredo é mesmo surpreendente, apesar do roteiro tropeçar em determinado momento.
A trama se inicia quando o filho de Christine desaparece. Atordoada ela pressiona a polícia para que o encontrem. Meses depois a polícia aparece com um garoto, que relutante ela aceita mesmo sabendo que não é seu filho. Dando banho na criança ela tem a certeza, ao ver que o menino é circuncidado, seu filho não era, e que está mais baixo. Ela então começa a reunir provas da troca de crianças, a imprensa se envolve, e ela vai perdendo a esperança de reencontrá-lo enquanto todos dizem que ela enlouqueceu, que o menino é seu filho sim. Chega a ser presa e humilhada, numa clara estratégia da polícia para não ser desmoralizada.
 
Changeling é um drama poderoso que pende para o thriller. Baseado num fato real notório, o mistério gira em torno de que fim foi o do menino e a dúvida e esperança de Christine. O mais impressionante é que sofremos cada instante do filme junto à personagem, é impossível não entender e se identificar com a dor da mãe que lhe tiraram o filho, isso se deve à direção hábil de Eastwood e principalmente pelo trabalho magnífico de Jolie. Essa tristeza ainda é acentuada pelo tom cinzento da fotografia, e uma trilha sonora minimalista, nem um pouco apelativa. 
Este é um filme feminista, onde uma mulher educada e elegante se mete num universo masculino (note que seu batom vermelho sempre se sobressai ao resto da fotografia feita das cores sóbrias das roupas masculinas) e machista, irritando gente poderosa ao lutar pelo seu filho. E uma das temáticas da obra é justamente a corrupção policial e estratégias políticas.
O grande problema é que ele é dois em um: duas histórias contadas ao mesmo tempo que estende o filme a quase duas horas e meia: temos a troca propriamente dita e a trama em torno do assassino. Isso consome tanto tempo, que nos minutos finais tudo se atropela e o ritmo da narrativa se acelera em excesso para dar tempo de narrar tudo que ainda falta.
Mas isso não ofusca o brilho da obra, de qualidade acima da média com um enredo poderoso e absorvente, e atuações dignas de elogio de todo o elenco.

#ficaadica

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