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quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Foi Apenas Um Sonho (Revolutionary Road) - 2008; um drama excepcional da família que se desfaz

Foi Apenas Um Sonho (Revolutionary Road), lançado em 2008.
Um filme de Sam Mendes.
Do mesmo diretor de Beleza Americana, que agora repete seu feito de escancarar os problemas e principalmente hipocrisias da vida suburbana americana, Foi Apenas Um Sonho ficou mais conhecido pelo reencontro de Kate Winslet, Leonardo DiCaprio e Kathy Bates, depois do sucesso de Titanic, no qual eles três atuaram em papéis importantes. E estando mais maduros profissionalmente que em 1997, tiveram atuações ainda melhores.

O filme mostra como um casal se conheceu, apaixonou-se e se casou-se nos anos 50.
Então temos um casal que se julga feliz e que todos nós, e os vizinhos, e a família deles julgam serem felizes. Mas depois de um tempo começam a sentirem suas vidas vazias, uma vez que o marido odeia o seu trabalho e a esposa não seguiu seus sonhos. Eles se mudam para uma casa na periferia e lá conhecem o filho louco da corretora, que tem uma língua afiada e não se controla em dizer o que pensa.
Vendo a monotonia e comodismo de suas vidas, o casal começa a entrar em crise ao mesmo tempo que possuem uma chance de recomeçarem, caso se mudem para Paris.
Mas não é uma decisão fácil, o marido recebe uma oferta de promoção, a esposa engravida do terceiro filho. No final tudo não passa de um sonho, a viagem e o casamento.

É um trabalho brilhante de Mendes que já havia trabalhado com temas semelhantes antes- do sonho americano ruindo. O roteiro que é adaptado de um romance dos anos 60 de Richard Yates, traz um drama intenso e extremamente amargo, maravilhosamente bem conduzido pelos atores, aliada a uma trilha sonora discreta que só acrescenta ao filme. 
DiCaprio mostra sua versatilidade como ator e Winslet reafirma-se como uma das melhores atrizes das últimas duas décadas.

April e Frank vivem num mundo de aparências, ao longo do filme várias vezes as outras pessoas dizem o quão maravilhosa é sua família. O subúrbio é lindo, é verde, tem uma casinha adorável na colina, mas é vazio de verdade. A vida não é tão perfeita. De repente uma "loucura" aparece para, talvez, tirá-los daquela vida medíocre com a qual não sonharam. Quem nunca sonhou com uma aventura assim? Mas é preciso ter coragem para trocar o certo pelo incerto, ainda que o certo seja também errado e triste. Desse mundo de hipocrisia emerge o "louco" que é quem mais vê e quem é mais sincero: John, brilhantemente interpretado por Michael Shannon. Ele não mede palavras, joga na cara dos protagonistas as verdades que eles se negam a aceitar.

Não é um filme fácil. E nem deveria ser. Julgo este como o melhor drama familiar que já assisti, ainda hoje 18 de maio de 2013, data em que faço alguns ajustes no texto antigo publicado em agosto de 2012.

#ficaadica

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