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domingo, 30 de setembro de 2012

Menina de ouro (Million Dollar Baby) - 2004; a persistência na busca por um sonho e a questão da eutanásia

Menina de Ouro (Million Dollar Baby), lançado em 2004.
Um filme de Clint Eastwood.
Excelente. Não poderia deixar de ser diferente, é tido como um dos melhores de Clint Eastwood, que além de dirijir atuou como protagonista. A outra grande atriz que protagoniza o filme não é ninguém menos que Hilary Swank; e para completar o elenco Morgan Freeman, que atua e narra a história.

Frankie Dunn (Eastwood) é um treinador de boxe cheio de remorsos e solitário, que não vê mais a filha. Possui uma academia de treinamento onde trabalha Scrap (Freeman), ex-lutador que Frankie treinou. O mais promissor aluno de Frankie muda de empresário e Frankie, relutantemente, aceita treinar Maggie Fitzgerald (Swank), uma mulher de mais de trinta anos, pobre e batalhadora, que sonha em se tornar uma lutadora profissional. Com muito treino e dedicação, mesmo com todos os obstáculos, Maggie começa a ascender ao topo, vencendo todas as lutas que participa. Mas um certo dia acontece alguns imprevistos e Frankie se vê em meio a um grande dilema que envolve ética e moral, religião e ilegalidade.


É ótimo. Uma história esportiva para agradar os fãs de boxe, e uma lição de vida para todas as pessoas.
A mulher que corre atrás de seu verdadeiro sonho. Ao longo do filme vemos a grande amizade que Frankie e Maggie desenvolvem aos poucos, talvez por serem ambos solitários e errantes; vencendo o preconceito de que mulheres não lutam boxe. Depois vêm a história da eutanásia, onde remorso e desejo de reparação, a questão moral e religiosa, entram em debate. Vários outros elementos ajudam a manter e formar a dramaticidade do enredo, cheio de climax, violência e dramas pessoais. Uma obra prima onde a alma dos personagens são despidas para o espectador contemplar. Totalmente profundo e comovente.

#ficaadica

sábado, 29 de setembro de 2012

Educação (An Education) - 2009; o ser humano e seu processo de amadurecimento num conto cativante

Educação (An Education), lançado em 2009.
Um filme de Lone Scherfig.
O título já diz tudo. Educação.

Embora o final seja frustrante, o filme é ótimo; e mostra Carey Mulligan, na época com 23 ou 24 anos no papel de uma adolescente de 16 anos, fazendo um lindo trabalho, convincente mesmo com a discrepância de idades. Nele o que temos é uma verdadeira parábola, retratando o interior, a alma de uma adolescente brilhante, descontente com a vida que tem, que passa por acontecimentos que fazem-lhe amadurecer, questionar sobre seu papel no mundo e seu porquê, escolher entre um futuro previsível e seguro ou um mundo de prazeres porém de inseguranças.

Jenny tem 16 anos, vive em Londres dos anos 60 e é um modelo de garota: tem as maiores notas da turma e é submissa aos pais. O pai também é autocrata, rígido no ato de educar, e sonha que a filha entre na universidade de Oxford. Diante da monotonia de seus dias, e da proibição de seu pai em praticar seu hobby, o violoncelo, Jenny vive frustrada e se sente infeliz. Certo dia ela conhece um homem, na casa dos trinta anos, rico e sedutor, e por ele se apaixona. Mas ele tem alguns segredos difíceis de Jenny aceitar. Fica no dilema de seguir o sonho de seus pais e continuar crescendo numa bolha de vidro, ou passar a se divertir, viver seu amor e conhecer a escola da vida, mesmo que com quedas.

Um bom filme pra refletir sobre a criação das crianças, a eficácia da escola na formação do ser humano (além do aluno), a idealização da carreira de nossos filhos, pensar se há necessidade no excesso de disciplina, entender a ingenuidade de um adolescente que pensa saber mais que realmente sabe, o papel dos "tombos" na formação da personalidade.

E a trilha sonora é ÓTIMA, até fiz uma coisa que raríssimas vezes faço com um filme, que foi baixar a trilha sonora dele. Provavelmente no Brasil não deve existir esse disco original, mas sempre que tiveres meio de recusar a pirataria, recuse. Não siga meu exemplo; faça o que digo, não o que faço. Tem um jazz de Beth Rowley... tenho nem palavras.

#ficaadica

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Uma linda mulher (Pretty Woman) - 1990; um dos maiores clássicos do gênero de comédia romântica

Uma linda mulher (Pretty Woman), lançado em 1990.
Um filme de Garry Marshall.
Este aqui é um clássico. Um dos primeiros que toda a gente se lembra quando se fala em comédias românticas. Foi ele quem levou a realmente linda Julia Roberts ao estrelato e recuperou o brilho de Richard Gere, que andava sumido. A meu ver não é lá dos melhores filmes que já vi, mas é bom e divertido; além disso, clássico é clássico.
A trilha sonora é ótima, incluí sucessos de David Bowie, Roxette, Roy Orbison, Red Hot Chili Peppers e Natalie Cole.
Edward (Gere) é um empresário milionário. Certo dia se perde e acaba pedindo informações a uma linda prostituta, Vivian (Roberts), por quem parece se apaixonar logo. Ele acaba por contratá-la, mas ao invés de ir logo aos "finalmentes", ele prefere apenas observá-la e por isso a contrata por uma semana inteira. Ele também dá dinheiro a ela para comprar roubas e ela se transforma, de prostituta a uma senhorita socializável. Quando se dão conta, já estão apaixonados um pelo outro e vários empecilhos aparecem no caminho.

O ponto fraco do filme é que simplesmente não passa de um conto de fadas moderno, do príncipe e da plebéia. O personagem paga US$3000 pelo programa e então ela se apaixona e vira uma mulher "respeitável" (não estou a dizer que prostitutas não merecem respeito, muito pelo contrário) depois de chorar num teatro. E os dramas deles são poucos e facilmente resolvíveis. Mas, repito, Clássico é clássico.
#ficaadica

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

O senhor dos Anéis: O retorno do Rei (The Lord of the Rings: The Return of the King) - 2003; o fim da jornada e cenas de batalha inesquecíveis

O senhor dos Anéis: O retorno do Rei (The Lord of the Rings: The Return of the King), lançado em 2003.
Um filme de Peter Jackson.
Finalmente o desenrolar da bela trama que se iniciou com A sociedade do anel e com As duas torres.


Embora eu ainda prefira o primeiro entre os três, este aqui é o mais emocionante, principalmente por causa das cenas de batalha, carregadas de efeitos especiais deslumbrantes. Um mar de diversão.

Também foi o mais premiado, chegando inclusive a vencer o Oscar de melhor filme, o primeiro (e até agora único) do gênero a conseguir o prêmio. Foram 11 estatuetas ao todo, que incluí melhor diretor, melhor roteiro adaptado e melhor canção original, para Into the west, da talentosíssima Annie Lennox.

Frodo e Sam estão cada vez mais perto de destruir o Anel, mas correm perigos quando Gollum os leva direto para a toca de uma aranha monstro, isso após formar uma intriga para separar Sam e Frodo.
Gandalf e Pippin viajam para Minas Tirith, capital de Gondor, a tentar convencer o regente Denethor, pai de Boromir e Faramir, de acender os faróis pedindo ajuda aos aliados na guerra que se aproxima e que foi descoberta por Pippin, que olhou numa espécie de bola de cristal e viu Sauron nela.
O regente se recusa, mas Gandalf arma um plano e acende-as, mobilizando, então, as tropas de Rohan. Tropas de Mordor conquistam a antiga capital de Gondor.

Em Valfenda, os elfos reforjam a espada quebrada de Isildur e Elrond parte para entrega-la a Aragorn. Enquanto isso Aragorn, Gimli, Merry e Legolas estão em Rohan planejando para a guerra, mas Elrond lhe entrega a espada de Isildur e lhe avisa de um ataque surpresa pelo rio. Aragorn, Legolas e Gimli precisam convencer o exército dos mortos a batalharem contra Mordor. Merry e Éowyn se disfarçam e penetram entre os cavaleiros de Rohan rumo à Minas Tirith. E a guerra inicia. Será que Frodo irá conseguir?

Atos de bravura e coragem, história de uma forte amizade e um pouco romantismo enfeitam o último filme e então chega a pena pela trilogia ter chegado ao fim.
Felizmente Peter Jackson resolveu adaptar outro livro de Tolkien, O Hobbit; e o filmes, com a maioria do elenco da trilogia de volta, acontecem num tempo anterior a aventura de Frodo e Aragorn. Mostra a viagem que fez com que Bilbo encontrasse o Um Anel. O primeiro filme está previsto para ser lançado em dezembro de 2012, e após uma década de desenvolvimento da informática, o filme promete efeitos e cenários ainda melhores. A trilha sonora vai ser do mesmo músico responsável pela trilogia.

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quarta-feira, 26 de setembro de 2012

O Senhor dos Anéis: As duas torres (The Lord of the Rings: The Two Towers) - 2002; a viajem fantástica continua

O Senhor dos Anéis: As duas torres (The Lord of the Rings: The Two Towers), lançado em 2002.
Um filme de Peter Jackson.
Este aqui é a continuação do primeiro filme da trilogia: O senhor dos anéis: A sociedade do Anel.

Pessoalmente, acho este o menos bom dos três; no entanto não deixa de ser maravilhoso; e indispensável para compreender a narrativa total da série. Novamente temos várias outras aventuras e batalhas, reviravoltas na trama e a aparição de novos personagens. Este é o que menos se foca em Frodo, a maior parte do filme mostra cenas com outros personagens.

A Sociedade do Anel se desmanchou após a morte de Gandalf e do ataque de Uruk-hais. Boromir morreu; Frodo e Sam continuam no caminho da Montanha da Perdição; Pippin e Merry foram capturados pelos Uruk-Hai; e Aragorn, Legolas e Gimli foram a seu resgate.

Gollum, ex-possuidor do Anel e que agora é uma criatura asquerosa, aparece finalmente de um modo mais central na trama. Ele passa a guiar Sam e Frodo até Mordor, mas sempre tramando e ameaçando roubar o Anel para si.

Os cavaleiros de Rohan batalham com os Orcs que raptaram Merry e Pippin, que fogem adentrando a velha floresta de Fangorn, onde eles encontram e fazem amizade com um ent, uma espécie de árvore falante e que se move. A floresta anda a ser derrubada por Saruman, para a construção de armas para lutar contra Rohan. Saruman vive numa torre em Isengard. 
Surpreendentemente, Gandalf aparece e narra sua vitória contra o demônio que todos pensavam ter matado-o. Agora ele é um mago superior, de maiores poderes. Ele liberta o rei de Rohan dos encantamentos de Saruman, então a majestade decide levar seu povo para o Abismo de Helm, onde julga estar seguro de Saruman e seu exéricto. Paralelamente, Frodo e Sam são capturados por Faramir, filho do regente de Gondor. Finalmente Isengard ataca Rohan, que começa a sucumbir. Os ents também entram na guerra contra Isengard. Gollum leva Frodo e Sam por um caminho diferente, sem contar que talvez mais perigoso.

Uma beleza! A trilogia é tão boa, tão emocionante, que eu mesmo já vi os três filmes seguidos, num único dia (o que dá mais de 12h). Belíssimos cenários, figurinos, maquiagem e uma história de tirar o fôlego.

Após assistir o primeiro e este, o próximo e último filme da trilogia é: O senhor dos Anéis: O retorno do Rei.

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terça-feira, 25 de setembro de 2012

O Senhor dos Anéis: A sociedade do Anel (The Lord of the Rings: The Fellowship of the Ring) - 2001; maravilhosamente divertido, incrivelmente belo

O senhor dos Anéis: A sociedade do Anel (The Lord of the Rings: The Fellowship of the Ring), lançado em 2001.
Um filme de Peter Jackson.
É bem certo que quase toda a gente já assistiu toda a trilogia, mas eu não poderia deixar de tentar convencer aqueles poucos que ainda não viram do que estão perdendo.


A década iniciou-se com esse filme fabuloso. O diretor de Almas Gêmeas em 2001 chocou o mundo com a adaptação do primeiro livro de Tolkien, conquistando de vez a crítica e principalmente o público com seus belos cenários e personagens, frutos das mais avançadas técnicas de efeitos especiais. Em 2007 o Instituto Americano de Filmes colocou-o no 50° lugar, de melhor filme norte-americano da história.

O primeiro filme de três é baseado no primeiro livro de três, intitulado A Sociedade do Anel; precisamente por fazer um prefácio da história e mostrar a formação e atuação de uma sociedade. Embora não seja tão fiel assim ao livro (já li os três, sei do que estou falando), a produção não perde na diversão e na fantasia: qualquer marmanjo se sente um garotinho maravilhado com um mundo fantasioso, cheio de criaturas diferentes e cavaleiros lutando pelo bem. Uma deliciosa mistura de ação, fantasia, aventura, epopéia e até romance. Três horas de filme e quando acaba você ainda quer mais!

A voz de Cate Blanchett, no papel da elfa Galadriel, inicia o prólogo; mostrando o Senhor das Trevas Sauron forjando o "Um Anel", uma arma para dominar a Terra Média. Elfos e homens batalham juntos contra Sauron. O rei dos homens é morto por Sauron, mas o príncipe pega a espada partida do pai e arranca o dedo e o Um Anel. O exército de Sauron é derrotado. A "alma" do mestre das trevas permanece no anel, que só pode ser destruído no mesmo vulcão onde foi construído. O príncipe é apoderado pelo mal e não o destrói. Mais tarde ele é morto e o Anel se perde por milhares de anos, até ser reencontrado por Gollum que se esconde em montanhas. Certo dia Bilbo,um hobbit, encontra o Anel e o rouba de Gollum.

Sessenta anos depois Bilbo dá o anel a seu sobrinho e herdeiro Frodo. O mago Gandalf descobre o que o anel de poderes mágicos é o "Um anel" e manda Frodo e seu fiel amigo Sam, também um hobbit, para uma longa viajem, a fim de evitar que o Anel caia em mãos erradas. Outros dois Hobbits, Merry e Pippin os seguem e passam a viajarem todos juntos. Mais tarde encontram Passolargo, que na verdade é Aragorn, expatriado príncipe herdeiro do trono de Gondor, descendente de Isildur (o príncipe que cortou o dedo de Sauron). Gandalf pede conselhos a Saruman, o mestre dos magos, mas se surpreende ao ver que ele se corrompeu e trabalhava com Sauron. Gandalf é preso por ele, e assiste a criação de exércitos de orcs para destruir os homens e finalmente dominar a Terra Média.

Após muitas aventuras e perigos de morte, os quatro Hobbits chegam a Rivendell, cidade de elfos, onde é formado um conselho para decidir o futuro do Anel. Frodo se encarrega de fazer uma longa jornada para destruí-lo, e para isso é formada uma irmandade que o acompanhará, que inclui além dos outros três hobbits, Gandalf que fugiu da prisão, Aragorn, o elfo Legolas, o anão Gimli e o prícipe regente de Gondor, Boromir.
Inicia-se uma longa viajem, cheia de surpressas, belos cenários, lutas e criaturas do mal, em especial a passagem da sociedade pelas minas abandonadas de Moria.

Antes de ler o próximo post, do segundo filme: O Senhor dos Anéis: As duas torres, assista a esse, para não perder toda a graça e emoção do filme.

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segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Quem quer ser um milionário? (Slumdog Millionaire) - 2008; divertido, emocionante e comovente

Quem quer ser um milionário? (Slumdog Millionaire), lançado em 2008.
Um filme de Danny Boyle.
Do mesmo diretor de 127 horas, esse é a obra prima de Boyle. Quem quer ser um milionário? é um filme delicioso, maravilhoso. Está entre meus prediletos desde que o vi pela primeira vez, e sempre que revejo gosto ainda mais.
Primeiramente é um filme diferente. Ele mistura vários tempos, presente e sobretudo passado por meio de flash-backs, de uma forma não necessariamente cronológica, bem ao estilo Pulp Fiction, de Quentin Tarantino. Também chega a ser difícil definir corretamente o gênero: drama, romance, comédia, ação, gangster. Ele une tudo de modo esplêndido. A pobreza, o crime, o sub desenvolvimento, a desigualdade, o amor, a persistência e a esperança, a globalização, a decadência de caráter, a ambição, a exploração e o instinto de sobrevivência compõe essa sátira contemporânea que remete à Beleza Americana, de Sam Mendes. Suas cenas nas favelas indianas ainda lembram Cidade de Deus, de Fernando Meirelles. Tirando a última cena, de uma desnecessária dança numa estação de trem, o filme é indiscutivelmente ótimo. 
O filme inicia com uma cena de tortura: a polícia não acredita que Jamal, um favelado semi-analfabeto de origem mulçumana, não tenha trapaceado no show televisivo Quem quer ser um milionário?, acertando todas as respostas. Após todo o tipo de tortura a polícia resolve interrogá-lo de um modo mais ortodoxo enquanto viam a gravação do programa. A cada pergunta que o apresentador fazia e Jamal acertava, o delegado pergunta como ele sabia da resposta. Então inicia-se uma série de flash-backs mostrando a dura vida que Jamal levou e o porquê de ele saber a resposta.


Sua infância (e o resto da vida) em meio a pobreza de Mumbai, lidando com a violência e vendo a mãe ser morta por motivos religioso, aplicando golpes junto ao irmão mais velho para poderem viver e o nascimento de sua paixão por Latika. Sem esquecer a exploração a que são submetidos e constantes fugas de criminosos querendo matá-los. São separados várias vezes, mas Jamal nunca desiste de poder viver seu amor com Latika.


Emocionante, rápido, irônico, surpreendente, divertido, triste, melodramático, romântico, inspirador, desmotivador, satírico; e que me seja perdoado o emprego de tanta contradição em meio a uma série de adjetivos, mas o lado ruim e lado bom, o bonito e o asqueroso do ser humano tem sua aparição aqui, onde a trilha sonora resume a cena em que aparece, e efeitos de câmera deixam o filme visualmente e sentimentalmente atrativo e repugnante, dependendo da cena.

Se você já viu, conte-nos o que achou nos comentários; se não viu, não sabe o que está perdendo.

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domingo, 23 de setembro de 2012

Louca obsessão (Misery) - 1990; terror psicológico e suspense extasiante

Louca obsessão (Misery), lançado em 1990.
Um filme de Rob Reiner.

 
Sempre admirei o trabalho de Kathy Bates (clique no marcador sob o título da postagem para conhecer outros trabalhos da atriz), mas até pouco tempo atrás eu nem sabia que ela já havia recebido um Oscar de melhor atriz principal, muito menos que o prêmio havia sido fruto de um filme de terror - que a Academia nunca valoriza -, cuja única indicação foi precisamente esta, e que conseguiu ganhar da concorrente Julia Roberts por Uma linda mulher
Acabei de assistir o tal feito, e digo que foi merecido tanto o Oscar quanto o Globo de Ouro que ela ganhou.

Paul Sheldon (James Caan) é um reconhecido escritor. Ele é autor de uma série de livros envolvendo uma personagem chamada Misery Chastain. Certo dia ele sofre um acidente de carro devido a uma nevasca, e só sobrevive do acidente e do frio pois uma misteriosa ex-enfermeira chamada Annie Wilkes (Bates) o resgata e leva-o para sua casa. Quando ele acorda descobre as duas pernas e um braço imobilizados para se recuperarem das fraturas. No início ele fica agradecido a Annie, que se diz a fã número 1 do autor. Mas após ela ler seu novo romance, cheio de palavrões, e principalmente o último livro de Misery, onde a personagem morre no final, ela enlouquece e mantém o autor preso em sua casa, torturando-o e obrigando-o a escrever um novo romance onde ele "ressuscita" a personagem. Annie ainda tem um passado obscuro.

A música do filme acompanha todo o terror psicológico que o filme transmite muito bem. Algumas cenas são assustadoras, como aquela em que Annie quebra os tornozelos de Paul para evitar uma fuga dele.
Kathy Bates estava soberba no papel, conseguindo mostrar uma terrível vilã com crises bipolares que parece não ter idéia do mal que está a fazer.

É um filme muito divertido, um horror inteligente (sem loiras gostosas que vão acampar e acabam por ir morrendo aos poucos assassinadas), que pode ser apreciado por toda a família.

#ficaadica