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quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

O Hobbit: Uma jornada inesperada (The Hobbit: An Unexpected Journey) - 2012; divertido e bonito, mas arrastado

O Hobbit: Uma jornada inesperada (The Hobbit: An Unexpected Journey), lançado em 2012.
Um filme de Peter Jackson.
Primeiro de tudo, quero contar que assisti a este filme ontem, no cinema (eu nunca tinha ido em um), então brindemos a este feito do pobre cinéfilo metido a crítico. Mas não foi a coisa mais agradável que já fiz.

Por problemas de horário, não pude assistir a versão legendada, e como não poderia deixar de ser, as dublagens são escrotas, o pobre Sméagol e os elegantes Gandalf e Saruman, receberam vozes horríveis, de dubladores diferentes da trilogia O Senhor dos AnéisPelo mesmo motivo acima, somado à curiosidade, vi a versão em 3D. Fiquei surpreso e maravilhado com a profundidade da imagem, muito interessante mesmo; porém, para ganhar essa profundidade abrimos mão das cores, boa parte perdida no processo de conversão, e do conforto, pois o cansaço visual causado pela tecnologia me obrigou a ver metade do filme (nas cenas menos divertidas) sem o óculos. E pessoalmente prefiro abrir mão do 3D em prol do conforto visual e cores realistas. Outro problema, é que de tão real que parece a imagem, soa falso, e por nenhum instante você se esquece de que está no cinema vendo um filme em três dimensões, não há aquela imersão que as produções mais modestas, com imagem tradicional, oferecem.

Mas esqueçamos disto e falemos do filme: infelizmente decepcionou-me um pouco.
Se na trilogia de O Senhor dos Anéis os livros tiveram de ser resumidos para caberem um em cada filme de três horas ou pouco menos, o curto livro de Tolkien "O Hobbit" que caberia em um, no máximo em dois filmes, foi desnecessariamente dividido em três longos filmes, de quase três horas. Naturalmente não há tanta história, e os roteiristas tiveram de acrescentar cenas que não estavam presentes na obra. E mesmo assim tivemos um enredo arrastado, um terço do filme é apenas para Bilbo decidir que vai com os anões na aventura. Quando finalmente inicia a viajem é que passa a ser divertido.

Sessenta anos antes de Frodo sair na sua aventura da Guerra do Um Anel, seu avô Bilbo Bolseiro, um hobbit, conhece o mago Gandalf, o Cinzento, que o convida a sair em uma jornada, com mais treze anões, visando reconquistar um antigo reino dos anões, tomado a muito tempo pelo dragão Smaug, na Montanha Solitária. Ele reluta, mas acaba indo com eles. Eles passam por diversos perigos, são capturados por trolls; encontram tesouro e armas élficas, são atacados por orcs; visitam Valfenda; descobrem por meio do Mago Castanho que uma magia negra assola sua floresta, talvez de Sauron; são capturados por goblins. O líder dos anões, Thorin, descendente do rei, descobre que seu inimigo não morreu e ofereceu um recompensa por sua cabeça. E finalmente, o mais importante feito: Bilbo encontra-se com Sméagol e rouba o Um Anel.

Novamente Peter Jackson impressiona com suas imagens, efeitos especiais, figurinos e maquiagens realistas. Mas quem chama a atenção, para o bem ou para o mal, são os cenários. Se em 2001, com a computação relativamente modesta da época, o diretor nos encantou com os efeitos; mais de uma década de inovação tecnológica deixou tudo ainda mais real. Mas como nem tudo é perfeito, é facilmente notável que Jackson prefere mostrar a imponência dos cenários que valorizar os personagens, que várias vezes ficam em segundo plano, e efeitos de câmera que lembram muito os jogos de videogame. Como na trilogia original, quem rouba a cena é Ian McKellen e seu trabalho como Gandalf.

Mesmo com muitos pontos fracos, ainda vale a pena ver O hobbit, uma aventura divertida e bonita aos olhos, uma viagem ao maravilhoso mundo de Tolkien, só possível na literatura e no cinema. Ser decepcionante não quer dizer que é ruim. Esperemos pela continuação prevista para o fim de 2013.

#ficaadica

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