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quarta-feira, 15 de maio de 2013

Contos proibidos do Marquês de Sade (Quills) - 2000; obscuro e parafílico

Contos proibidos do Marquês de Sade (Quills), lançado em 2000.
Um filme de Philip Kaufman.
Quills é um filme obscuro que se propõe a narrar, de modo fantasioso e bem impreciso, os últimos anos de vida do famoso escritor francês "Marquês de Sade", que viveu entre meados do século XVIII e início do XIX. Polêmico e conhecido pelos textos pornográficos e sádicos - a palavra vem de seu nome; ele passou boa parte de sua vida preso, quer em prisões ou em manicômios, pela sua ousadia em escrever sobre a face escura do ser humano e criticar em sua obra a política e a religião.


Num hospício chamado Chareton, o Marquês de Sade (Geoffrey Rush) vive em todo o luxo que seu dinheiro e a amizade com o diretor pode oferecer. Lá ele escreve seus livros e os contrabandeia por meio de uma camareira chamada Madeleine (Kate Winslet), grande admiradora do trabalho do escritor. Mas as publicações ilegais não demoram a irritar o imperador Napoleão Bonaparte, que envia um famoso psiquiatra, que se vale de tortura, para tentar curar a suposta loucura do marquês. Mas por mais que Abbe Coulmier (Joaquin Phoenix), diretor do hospital e padre, tenta convencê-lo a parar de publicar seus textos, ele não cede e se porta cada vez mais rebelde.

Quills se revela um filme destinado a oferecer diversão ao público; distorcendo fatos ele oferece uma história de horror e contos eróticos capaz de prender a atenção do público, embora ele seja menos feio, perturbador ou libidinoso do que poderia se esperar. O elenco está acima da média, porém seus personagens não são tão bem desenvolvidos, e o roteiro se perde num emaranhado de tramas paralelas que não passam de distrações. Destaque para Geoffrey Rush, que consegue interpretar com maestria o personagem complexo e antipático numa crescente decadência. A fotografia escura, combinada com uma cenografia mal iluminada que parece úmida e mofada contribuem para criar o clima de thriller.

O Marquês de Sade não teve uma vida inspiradora, mas nos pegamos admirando sua obstinação em escrever, em produzir, sua defesa em relação à liberdade de expressão, e sua sinceridade ao tratar de temas terrenos vistos como tabu, afinal, quem não gosta de umas mordidas?

#ficaadica

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