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domingo, 6 de outubro de 2013

Apocalypse Now Redux (idem) - 1979/2001; a obra prima de Coppola

Apocalypse Now Redux (Apocalypse Now Redux), lançado em 1979.
Um filme de Francis Ford Coppola.
Hipnótico.
Talvez nenhuma outra palavra descreva tão bem este filme de Coppola, que chega a ser melhor que seu O poderoso chefão, uma sucessão de imagens, sons e horrores de tirar o fôlego e passar, como nenhum outro, sua mensagem anti-guerra.

Antes de continuarmos, porém, devo explicar o porquê de duas datas no título.
Apocalypse Now foi lançado, com este nome, em 1979. Em 2001, Coppola reeditou o filme e acrescentou quase uma hora a mais de filme (que na época de seu lançamento original foi cortada), relançando-o com o nome de Apocalypse Now Redux. Note que o filme é o mesmo, mas esta versão mais recente é estendida. É como as versões "deluxe" de alguns discos.

O Capitão Benjamin L. Willard (Martin Sheen), que está na Guerra do Vietnam no final dos anos 60, é enviado numa missão secreta para matar um coronel americano que está no Camboja, Kurtz (Marlon Brando), um oficial condecorado que aparentemente enlouqueceu e está a comandar uma seita. Então ele começa a subir o rio Mekong, cruzando o país por dias, acompanhado de alguns soldados que não sabem da missão.

Coppola sofreu para produzir este filme. Indo para as Filipinas filmar, ele enfrentou problemas com o elenco, um enfarto do ator principal, atrasos, estouro do orçamento e ainda por cima perdeu parte do cenário por causa de um tufão que passou pelo país em 1976. Mas o resultado final de seu filme beira a perfeição.
A Guerra do Vietnam terminou quatro anos antes do filme ser lançado, mas Coppola em seu filme veio a legitimar o pensamento anti-guerra difundido pelos hippies durante os anos sessenta. Ao longo da película não faltam alegorias, falas, simbolismos e o horror da guerra para confirmar esse posicionamento. Coppola nos leva a um profundo questionamento sobre tudo aquilo, enquanto explora seus personagens emocionalmente, que durante a viagem sofrem algumas mutações em seu modo de ver suas vidas. A maioria deles passa por conflitos internos, condensados numa fala do roteiro de Coppola e John Milius, baseado num livro de Joseph Conrad: "Há dois de você: aquele que mata e aquele que ama". O elenco como um todo nos presenteia com atuações magníficas, humanas, brutais.
Além das várias cenas espetaculares de ação, retratando o sofrimento e a insanidade humana em conflitos, numa fotografia e som deslumbrantes, temos belíssimas cenas de humanidade e diálogos memoráveis. É um filme quase místico, quase absurdo, mas paradoxalmente muito verossímil.

Apocalypse Now perdeu o Oscar para Kramer versus Kramer, talvez o maior absurdo da história da premiação, mesmo que o filme de Robert Benton seja belo. O filme de Coppola foi um marco na história do cinema, e desde então permanece inoxidável, uma obra obrigatória para os amantes da sétima arte.

#ficaadica

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